O presidente da República, Jair Bolsonaro, após romper silêncio e ter feito um discurso dúbio, às vésperas da Diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva, instigou seus apoiadores. Não se pode separar o caso de ontem em Brasília com a posição de Bolsonaro. A prisão de um indígena Bolsonarista, José Acácio Serere Xavante, por ordem de Moraes, com prisão temporária de cinco dias, acabou em atos de violência em frente à sede da Polícia Federal, em Brasília. A iniciativa da prisão contou com pedido do próprio Procurador Geral da República Augusto Aras. A violência tem avançado no país e são comparáveis a atos terroristas.
Com a presença do indígena preso no prédio da Polícia Federal, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro tentaram invadir o local, sendo repelidos pela Polícia. Na sequência, os manifestantes foram para outras vias da cidade e atearam fogo em ao menos dois ônibus e em carros. Eles ainda depredaram postes de iluminação e tentaram derrubar um ônibus de um viaduto.
Não são manifestações ordeiras. Resta bem claro que há uma escalada de violência criminosamente organizada. As autoridades falam em possíveis crimes de terrorismo, podendo ser acionada a lei específica para tentar conter a nova onda que tem o objetivo de invadir o país.
Os indícios são palpáveis. Há uma correlação entre esses atos que caminham para interligá-los a condutas por várias regiões do país que convencem as autoridades da premente necessidade da adoção da lei Antiterrorismo. Informações constam de documentos enviados pela Polícia Rodoviária Federal ao STF. Placas de veículos que participaram de um comboio organizado por manifestantes em Cuiabá, no Mato Grosso, no dia 05 de novembro já estiveram envolvidos em crimes como tráfico de drogas, contrabando e crime ambiental registrados pela polícia.