A Defensoria Pública do Rio de Janeiro ingressou em juízo a favor de uma criança para colocá-la à a salvo de insinuações sexuais e a preservação de sua imagem e dos direitos da criança, a pedido da mãe da menor. A imagem da criança foi divulgada, segundo a Defensoria com conotação política, porque a menina, no dia 12 deste mês, na presença da família, cumprimentou o candidato Luiz Inácio Lula da Silva durante a agenda que o petista cumpriu em campanha no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Opositores de Lula, posteriormente, usaram o Twitter e o Facebook para divulgar o vídeo, onde se faziam insinuações sexuais sobre o petista. Para a Defensoria Pública houve crime que precisa ser apurado. A justiça do Rio concedeu a ordem.
Crianças devem ser protegidas de crueldade e exploração, e contra todo tipo de exploração. No vídeo, os opositores de Lula teriam associado a imagem da criança “a larga exposição e teve sua imagem associada a candidato, com alegação de intenção claramente diversa daquela externada no próprio vídeo que apresenta a íntegra da ocasião filmada”, firmou a decisão da Juíza Luciana de Oliveira Leal Halbritter, ao conceder a liminar para que as redes sociais excluam imediatamente os posts.
Uma das publicações foi do Deputado Federal Márcio Labre, do PL do Rio de Janeiro, que fez o registro: “Achem os pais dessa menina, meu gabinete está à disposição. A justiça decide se houve ou não assédio ou tentativa contra uma criança”, escreveu o parlamentar, Em outro post, um internauta compartilha o vídeo e escreve “assustador”.
A iniciativa de procurar a Defensoria, foi da própria mãe da criança que estava com a menina por ocasião do evento. Por sua vez, o órgão defensor explicou que fatos como desta natureza são intoleráveis contra os direitos da criança e que está adotando diligencias para apuração de crimes que porventura envolvam a matéria.