Neste domingo, 28, a Venezuela realiza eleições cruciais, com a oposição pela primeira vez como favorita para vencer. Edmundo González Urrutia, apoiado por María Corina Machado, lidera as pesquisas com mais de 50% dos votos. Nicolás Maduro, o atual presidente, aparece com apenas 20% de apoio. Há dúvidas sobre se o regime de Maduro respeitará os resultados eleitorais.
Neste ano, o chavismo alterou regras eleitorais para dificultar o processo, incluindo a inabilitação de María Corina Machado, que havia vencido as primárias com mais de 90% dos votos.
A oposição enfrenta o chavismo unida pela primeira vez em 11 anos, após várias tentativas fracassadas em eleições anteriores. Em 2013, Henrique Capriles quase venceu Maduro após a morte de Hugo Chávez, mas Maduro ganhou por 50% a 49%, em um resultado contestado.
Os opositores recuperaram a estratégia de união que teve sucesso em 2013 e 2015, unindo-se sob a liderança de María Corina Machado ou seu escolhido.
A Plataforma Unitária enfrenta novos desafios, como a mobilização dos eleitores e o medo imposto pelo chavismo, que ameaça retirar benefícios de quem não votar neles. Cerca de 25% da população apta não poderá votar devido a mudanças nas regras e à impossibilidade de registro de milhões no exterior.
O CNE divulgou que 21 milhões estão habilitados a votar, deixando mais de 5 milhões de fora. Há denúncias de mudanças arbitrárias de locais de votação e problemas na inscrição de mesários.