A visão complacente da Justiça com o enquadramento dos chamados “aplicativos” da nova economia está sendo revista. Na linha de frente, o maior volume de questionamentos judiciais recai sobre o Uber. Não só por reivindicações trabalhistas, sindicais, queixas da concorrência e sindicatos de taxistas e assaltos, mas por delitos com implicações civis e criminais.
Nos Estados Unidos, a plataforma está sendo processada por mais de 550 mulheres por crimes como sequestro, estupro, agressão e assédio sexual. Os casos teriam ocorrido durante corridas requisitadas por meio do aplicativo. As informações são do jornal inglês The Guardian.
O processo foi aberto no último dia 14 e será julgado pelo Tribunal Superior do Condado de São Francisco, nos Estados Unidos.
Um dos advogados das vítimas, Adam Slater, afirmou ao jornal que a Uber reconheceu o problema nos útimos anos, mas sua resposta, segundo ele, tem sido muito lenta.
“A Uber pode fazer muito mais para proteger os passageiros: adicionar câmeras para impedir assaltos, verificar antecedentes dos motoristas, criar um sistema de alerta quando os motoristas não permanecem no caminho para o destino”, disse o advogado.
Slater informou ao Guardian que mais de 150 outros casos estão sendo investigados e poderão ser incluídos no processo. Por meio de seu porta-voz, a Uber disse que leva todas as denúncias que recebe a sério e que recentemente criou vários mecanismos para aumentar a segurança dos seus clientes.
Fonte: Conjur