TST repreende empresas por vincularem idas ao banheiro a prêmios de produtividade

TST repreende empresas por vincularem idas ao banheiro a prêmios de produtividade

Na sessão desta quarta-feira (10/4), a 3ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou a prática ilegal de empresas que condicionam o acesso dos trabalhadores a prêmios de incentivo variável (PIV). O caso em questão envolveu uma teleatendente da Telefônica Brasil S.A., de Araucária (PR), que foi indenizada em R$ 10 mil por danos morais.

Segundo a trabalhadora, seu supervisor controlava rigorosamente as pausas para ir ao banheiro, afetando o cálculo do prêmio. O sistema da empresa monitorava em tempo real as pausas dos funcionários, resultando em constrangimento e assédio quando ocorria um “estouro de pausa”. A empresa refutou as acusações, alegando não haver controle de tempo no uso do banheiro e que apenas organizava o trabalho para atender os clientes.

A 16ª Vara do Trabalho de Curitiba considerou a conduta da empresa grave, destacando a vinculação entre o PIV do supervisor e a produção dos subordinados. No entanto, o Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região não reconheceu a repercussão negativa nas avaliações ou nos salários da atendente.

O relator do recurso no TST, ministro Alberto Balazeiro, criticou a prática das empresas, destacando sua ilegalidade e o abuso de poder diretivo. Ele ressaltou que os trabalhadores não têm controle sobre suas necessidades fisiológicas e que a conduta pode afetar seriamente sua saúde.

Com informações do TST

Leia mais

Ministro amplia prazo para Mecanismo de Combate à Tortura ser implantado no Amazonas

Em decisão do Ministro Luís Roberto Barroso, o Supremo Tribunal Federal determinou que o Estado do Amazonas terá até 120 dias, contados a partir...

Aneel insiste no TRF1 para derrubar venda da Amazonas Energia

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) entrou com mais um recurso no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) contra o processo de...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Lula faz Pix para desmentir notícia falsa sobre taxação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma doação no valor de R$ 1.013 para a vaquinha da...

Ministro amplia prazo para Mecanismo de Combate à Tortura ser implantado no Amazonas

Em decisão do Ministro Luís Roberto Barroso, o Supremo Tribunal Federal determinou que o Estado do Amazonas terá até...

CNJ publica edital da consulta que debaterá desafios do atendimento a usuários do Jus.br

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publicou, na sexta-feira (10/1) o edital da consulta pública que vai instruir a...

Judiciário nega indenização a homem que teve cadastro de aplicativo suspenso

O Poder Judiciário, por meio do 13º Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo de São Luís, julgou improcedente...