O Tribunal Superior Eleitoral, finalizará hoje, se não houver interrupções, o julgamento de Jair Bolsonaro, pondo termo à acusação de que, em julho de 2022, próximo do primeiro turno das eleições presidenciais, a três meses antes, tenha praticado abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicações devido a uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, onde teria reiterado, oficialmente, ataques ao sistema eleitoral.
No dia de hoje, o TSE também irá definir sobre provas extras e a gravidade dos ataques com o voto de seis ministros, uma vez que, ontem, o Relator Benedito Gonçalves definiu a condenação em seu voto. O cerne da questão, então, é declarar, de uma vez por todas, se o ex-presidente disseminou desinformação sobre o processo eleitoral no encontro com 72 embaixadores e se a reunião teve finalidade eleitoral.
A defesa do ex-presidente sustenta que foi um ato de governo e parte de ‘diálogo institucional público’. Gonçalves já defendeu, no dia de ontem, a inelegibilidade de Bolsonaro. Se a maioria dos ministros acompanhar o voto do Relator, ficará declarada a suspensão dos direitos políticos de Bolsonaro, que somente poderá se candidatar novamente em 2030, aos 75 anos de idade. A definição dos destinos da AIJE já está em curso na sede do TSE.