Anderson Torres, um dos aliados mais próximos de Jair Bolsonaro, foi preso hoje, pela própria Polícia Federal que comandou até 31 de dezembro de 2022, quando foi exonerado por Hamilton Mourão, o vice na presidência e no exercício da chefia do Executivo Federal, pois Bolsonaro viajou na surdina para os Estados Unidos da América, antes do término do mandato.
De Ministro da Justiça em dezembro, Anderson Torres foi nomeado Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, por Ibaneis Rocha. Mas viajou aos Estados Unidos, e foi para a mesma cidade onde se encontrava o ex chefe com quem teve laços profundos de aproximação, apoiando-o em lives, semeando a também desinformação, com vista a resultados eleitoreiros.
Quando extremistas invadiram Brasília e a depredaram, Torres estava no exercício do cargo de Secretário de Segurança Pública. Sem perdão. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Augusto Passos Rodrigues apontou diversas omissões de Torres ao Ministro Alexandre de Moraes. Essas omissões teriam contribuído para a depredação do patrimônio público em Brasília, com a pratica de atos extremistas.
Moraes, ao decidir, apontou que as manifestações com potencial de violência já eram do conhecimento público e que não poderia ter ocorrido sem a ‘anuência ou participação efetiva de autoridades competentes da área de segurança’. Foi a definição da prisão de Anderson Torres. Outros episódios ocorreram. Inclusive o caso da minuta do decreto de Estado de Defesa. Torres se complica cada vez mais.