TJ-RJ revoga preventiva de PM acusado de homicídio e ocultação de cadáver

TJ-RJ revoga preventiva de PM acusado de homicídio e ocultação de cadáver

Por entender que havia completa ausência de demonstração material que poderia justificar a adoção da prisão preventiva, o desembargador Luiz Noronha Dantas, da 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, deu provimento a Habeas Corpus em favor do policial militar Ronald Alves de Paula, conhecido como Major Ronald.

Ronald foi condenado pelo Tribunal do Júri a 76 anos de prisão por quatro crimes de homicídio e ocultação de cadáver.

No HC, a defesa de Ronald sustentou que a imposição da prisão preventiva ao réu representaria execução antecipada da pena, medida considerada inconstitucional, já que o Supremo Tribunal Federal reconheceu a ilegalidade da prática nas ADCs 43, 44 e 54, julgadas pelo Plenário em novembro de 2019.

Ao analisar o caso, o magistrado afirmou que não havia justificativa para a prisão cautelar, posto que a decisão questionada foi fundamentada em conceitos abstratos sobre a suposta possibilidade de reiteração da prática criminosa.

“Emerge a completa ausência de demonstração material das causas que justificariam a adoção da custódia cautelar, o que não se perfaz a partir do sentimento coletivo de insegurança, ou com a mera possibilidade de recalcitrância criminosa por parte do implicado, nem do simples juízo valorativo sobre a gravidade do delito por ele praticado ou sobre seus daninhos reflexos sociais”, escreveu desembargador.

Processo: 0084517-64.2022.8.19.0000

Com informações do Conjur

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