A pouco dias do segundo turno das eleições as notícias não seriam boas para o Partido dos Trabalhadores, com aumento de tensão entre os dirigentes do PT, ante suspeitas de que uma nova operação da Polícia Federal poderá atingir aliados de Lula com reflexo nas eleições presidenciais. A primeira ingerência teria sido sobre o governador de Alagoas, aliado de Lula e afastado do STF pela Ministra Laurita Vaz a pedido cautelar da Polícia Federal.
As movimentações em torno da matéria têm origem em especulações dos próprios dirigentes petistas. Luiz Marinho, coordenador da campanha de Fernando Haddad, e ex prefeito de São Bernardo, em São Paulo, já declarou que setores do Estado estariam buscando fatos que possam justificar operações dentro desse contexto. Segundo Marinho, o PT já estuda medidas para se prevenir sobre essas possíveis incidências e até medidas judiciais poderão vir a ser tomadas, cautelarmente, informou.
No dia 11 deste mês, o Superior Tribunal de Justiça afastou Paulo Dantas, do MDB, do cargo de Governador de Alagoas. Ele é aliado do candidato petista à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Os fatos apurados remontam à data em que Dantas era deputado estadual por seu Estado, e, segundo justificativas, fatos também referentes a período em que já ocupava o cargo de governador. Na operação que deu origem ao afastamento de Dantas, foram expedidos 31 mandados de busca e apreensão.
Os dirigentes petistas relembram que há um histórico em eleições passadas que servem como reforço para o temor às vésperas de uma eleição, à exemplo da ocorrida em 2018, quando o ex juiz Sérgio Moro incluiu uma delação de Antônio Palocci em ação contra Lula e que teve reflexos nas eleições em que Haddad disputava a presidência contra Jair Bolsonaro. Moro determinou a retirada do sigilo das informações, e depois foi acusado de pretender criar um fato político.