O Presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, decidiu antecipar a transição, e, com essa atitude, deverá anunciar na próxima semana o nome de quem será o seu ministro da Defesa e os novos comandantes das três Forças. O ex-presidente do TCU – Tribunal de Contas da União, José Múcio Monteiro é o principal cotado para o comando do Ministério da Defesa. A situação no país é agravada pelas manifestações antidemocráticas em frente a quartéis, após a derrota de Bolsonaro, e por recentes manifestações de oficias simpatizando com o movimento.
Após oficiais da reserva divulgarem, no último fim de semana, uma carta aberta aos comandantes das Forças Armadas, ao se intitularem os Guardiões da Nação, foi a vez de uma outra movimentação entrar em campo, embora não ainda concretizada, porém, o grupo coleta assinaturas de militares da ativa e se autodenominam de ‘os reais guardiões da nação’.
Na carta aberta se registra que há desconfiança com o resultado das eleições e que ‘é natural e justificável que o povo brasileiro esteja se sentindo indefeso, intimidado, de mãos atadas e busque nas Forças Armadas, ‘os reais guardiões ‘ da Constituição, o amparo para suas preocupações e solução para suas angústias’. O texto pede para que os comandantes apoiem ações para o ‘imediato restabelecimento da lei e da ordem, preservando qualquer cidadão brasileiro e a liberdade individual de expressar ideias e opiniões’.
Nesse clima, o presidente eleito antecipa a escolha do nome do futuro ministro da Defesa e José Múcio é visto com simpatia nas Forças Armadas. A tensão aumentou com o também anúncio de que comandante militares das FFAA deixarão o cargo em dezembro, portanto, antes da posse de Lula, o que exigiu a tomada de posição do presidente eleito, embora não haja consenso no seu partido – o PT.