A Corte Especial do STJ tornou o governador do Acre, Gladson Cameli, réu por peculato, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, acusado de receber mais de R$ 6 milhões em propina.
Apesar de aceitar a denúncia, o STJ negou seu afastamento do cargo. A decisão foi unânime entre os ministros presentes, incluindo a relatora Nancy Andrighi, e foi baseada na formação da Corte composta pelos integrantes mais antigos do STJ.
Segundo a Ministra Nancy Andreighi, muito embora demonstrada a gravidade das supostas condutas delitivas imputadas ao acusado, os fatos narrados na denúncia não se revelam contemporâneos ao ponto de se indicar a necessidade de afastamento do cargo de Governador.
De acordo com a denúncia da Procuradora da República, o governador do Acre, Gladson Cameli, foi acusado de contratação fraudulenta da empresa Murano Construções, gerando sobrepreço e superfaturamento de obras no valor de R$ 18 milhões. Análises técnicas identificaram irregularidades e a CGU confirmou pagamento por serviços não prestados.