STF conclui sustentações orais em ações sobre queimadas no Pantanal e na Amazônia

STF conclui sustentações orais em ações sobre queimadas no Pantanal e na Amazônia

O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu, nessa quinta-feira (7), o julgamento das ações que pedem a adoção de medidas contra queimadas no Pantanal e na Amazônia. As ações foram ajuizadas por partidos políticos que apontam negligências, omissões e ações do governo ocorridas nos últimos anos em detrimento do dever constitucional de defesa, proteção e fiscalização do meio ambiente.

O julgamento conjunto das Arguições de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPFs) 857, 743 e 746 teve início na sessão de ontem e será retomado em data ainda a ser definida para colher os votos dos ministros. Hoje, foram ouvidos representantes de entidades interessadas nos processos e da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Compromisso

O estado do Mato Grosso do Sul argumentou que, diante do fenômeno das queimadas ocorrido em 2020 no Pantanal, o estado tomou medidas veementes, tanto de caráter educativo, quanto emergencial, com a criação de um programa de manejo do fogo, entre outras, o que demonstra o compromisso institucional para com a proteção daquele bioma.

Racismo ambiental

Representantes do Conectas Direitos Humanos, do Greenpeace Brasil e do Laboratório do Observatório do Clima reforçaram os argumentos dos autores da ação. As instituições observaram que, em que pese a retomada dos programas ambientais pelo atual governo federal e os sucessos alcançados até agora, não é plausível que uma situação de degradação institucional que vem de um período tão longo no tempo tenha se resolvido em tão poucos meses, sem o orçamento necessário e um plano que confira proteção perene ao meio ambiente, em especial, aos biomas citados.

Acrescentaram, ainda, que o debate deve levar em consideração o racismo ambiental, na medida em que as pessoas cujas existências são comprometidas desde o primeiro momento com a degradação do meio ambiente são aquelas já vulnerabilizadas pelo modelo atual de sociedade.

A procuradora-geral da República em exercício, Elizeta Ramos, afirmou que os dados trazidos aos autos revelam que as disposições constitucionais destinada à proteção do meio ambiente não estão sendo respeitadas, o que sugere a existência de um estado de coisas inconstitucional em matéria ambiental.

Com informações do STF

Leia mais

Incêndio na OAB em Brasília não prejudicará aplicação da prova da OAB neste domingo (28)

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) confirmou que a prova objetiva do 41º Exame de Ordem Unificado, marcada para este...

Justiça determina devolução de multa indevida e indenização por danos morais em ação contra a Vivo

Decisão proferida pela Juíza Luciana Eire Nasser, do 17º Juizado Cível, aceitou uma reclamação de um consumidor contra a Operadora Vivo. O cliente contestou...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Venezuela vai às urnas com favoristimo da oposição. Mas nada indica que resultado será respeitado

Neste domingo, 28, a Venezuela realiza eleições cruciais, com a oposição pela primeira vez como favorita para vencer. Edmundo...

Governo Federal Revisa Cadastro do BPC para Eliminar Benefícios Irregulares. Entenda alterações

O governo federal publicou duas portarias que regulamentam a revisão do cadastro do BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago...

STJ condena por extorsão homem que ameaçou expor fotos íntimas da ex-namorada

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Assessoria de Recursos Constitucionais Criminais (ARC...

Concessão da Light pode não ser renovada após apagões, diz ministro

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse neste sábado (27) que a concessão da distribuição de energia...