Agressões gratuitas, envolvimentos em episódios policiais, e, numa, dentre, tantas, agrediu indivíduos com características que ele repudiava: negros e homossexuais. Desferiu um soco contra outra vítima, em princípio homossexual, agressão que veio acompanhada da indagação que o acusado sabia da resposta: o que é um skinhead? O caso foi examinado no Superior Tribunal de Justiça, por mais de um habeas corpus, um deles relatado por Joel Paciornick.
Esteve presente a personalidade distorcida, que discrimina aquilo que se convencionou chamar, no senso comum de ‘minorias’ e, de fato, para além de excluí-las, também se usa da força física para agredi-las. Liberdade, então, seria um benefício, firmou o julgado em Habeas Corpus, que não poderia atender ao pedido, ante a potencialidade da reiteração delitiva disposta no Paciente. Ademais, o exame do pedido confundia-se com o próprio exame de mérito, firmou o Relator.
Segundo o julgado, para além de praticar o homicídio pelo qual fora condenado, o acusado continuaria a adotar comportamentos violentos contra as pessoas que considerava inferiores, e o soco dado na vítima, fora seguido pela pergunta, registrada em texto, e de origem do próprio Paciente sobre o que seria um skinhead. Considerou-se os registros desses fatos como norteadores de uma reiteração delitiva.
Tentativas de soltura já haviam sido realizadas no Tribunal de Justiça do Paraná, onde se sucederam os fatos, sem sucesso, daí a ida ao Superior Tribunal de Justiça, em mais de um habeas corpus, todos indeferidos.
Um skinhead é retratado por uma cultura que surgiu na Inglaterra e traduzida literalmente significa cabeça pelada, mas nem todos os skinheads seguem esse estereótipo e podem ter cabelos mais do que muitos que não são skins e já ficaram famosos por promoverem confrontos em estádios de futebol, entre torcidas rivais. Hoje, integrantes dos Skinheads promovem racismo contra negros, xenofobia, homofobia e até cultivam ideologias neonazistas.