O depoimento de Alexandre Gomes Machado, servidor demitido do Tribunal Superior Eleitora, prestado à Polícia Federal foi encaminhado, após a ouvida do interessado, ao Ministro Alexandre de Moraes. Machado foi demitido na quarta feira, dia 26 de outubro. Depois, prestou depoimento á Polícia Federal. Ele era o responsável pelo recebimento de arquivos e propagandas e disponibilização de peças no sistema eletrônico do TSE.
Segundo o TSE, a demissão do servidor se deu por assédio moral. A Corte também disse que abriria uma investigação para apurar os supostos casos de assédio. Tudo decorreu após a campanha do presidente Jair Bolsonaro ter acionado o TSE e informando que diversos comerciais de campanha não foram veiculados em rádios.
No depoimento, o servidor firmou que foi demitido depois de falar para seus superiores sobre supostas irregularidades na veiculação de inserções de Bolsonaro. Também disse que havia informado ao Tribunal sobre irregularidades em 2018. O TSE nega e disse que não houve nenhum comunicado em 2018. Agora, após o encaminhamento do material, a Federal aguarda novas deliberações, e se irá definir se o caso é de competência da Justiça Eleitoral ou se a própria Polícia Federal deve abrir investigação.
O caso acirrou ainda mais os ânimos entre Bolsonaro e Moraes, pois a campanha do presidente afirmou que diversas inserções deixaram de ser veiculadas em rádios. O ministro das comunicações, Fábio Faria, e o chefe de comunicação da campanha de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, insistiram na diferença de tratamento dado pelo TSE.
Moraes denegou a representação e encaminhou peças em cópia para juntada ao inquérito das milícias digitais, contra Bolsonaro, que fica na mira do Ministro. Moraes, ante todo esse clima convidou Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, para acompanharem a eleição domingo e seu resultado, prevenindo-se contra as provocações de Bolsonaro.