A defesa do jogador brasileiro, Daniel Alves, preso na Espanha, onde responde pelo crime de estupro, colocou em apreciação no processo penal, para deliberação das autoridades judiciárias, a tese de que não houve estupro, pois, há registro no relatório médico do Hospital Clínic, onde a jovem foi atendida, após as supostas agressões sexuais, que não foram identificadas lesões vaginais típicas de relações sexuais secas ou lesões compatíveis com sexo à força. Detectou-se, no exame, a presença de muco lubrificante na vagina da vítima.
A tese da defesa de Alves é a de que a lubrificação encontrada nos exames sirva como parâmetro de que a relação sexual da pretensa vítima com o jogador foi consensual, logo, não houve violência física ou psicológica contra a jovem que teria se entregue por sua livre opção na consumação do ato sexual.
Há uma polêmica no processo que poderá chamar ao debate a presença de especialistas. De então, palavras médicas vão no sentido contrário da defesa de Dani Alves. É que segundo esses experts da medicina ‘a presença de lubrificação vaginal, mesmo durante relação sexual, não é sinônimo de excitação’.
‘A presença de muco lubrificante na vagina não quer dizer que a vítima esteve excitada na hora da relação sexual’ contradizem os opositores da tese da defesa do jogador. Há hormônios femininos que possam induzir à produção de secreção tanto do colo do útero quando das glândulas vaginais e vulvares, enfatiza-se. Enquanto isso, sequer o pedido de liberdade provisória de Daniel foi atendido.