A mais nova denúncia contra o ex-parlamentar Roberto Jefferson lhe imputou vários crimes ligados ao episódio do dia 23 de outubro do ano passado, quando foi preso por ordem de Alexandre de Moraes. De acordo com a mais recente denúncia, Jefferson disparou cerca de 60 tiros com uma carabina e três granadas adulteradas com pregos contra policiais que foram cumprir o mandado em sua casa. Preso, Jefferson se encontra politicamente isolado e sua sigla política sofreu fusão com o Patriota, não mais tendo sequer influência sobre decisões. Assim, Jefferson quer montar uma nova sigla partidária.
A preocupação da defesa, no entanto, é a de afastar as acusações que pesam contra o ex-parlamentar, envolvido na acusação de tentativa de homicídio contra quatro policiais federais que efetuaram sua prisão em outubro de 2022.
Os agentes relataram que não há como afastar o objetivo de que Jefferson tenha tido o propósito de atentar contra suas vidas. Mas, no sentido oposto, a defesa de Jefferson está trabalhando na confecção de laudo, de iniciativa própria, que tem a finalidade de desconstruir essa versão. Na época, agentes ficaram feridos por estilhaços disparados por Jefferson.
A linha de defesa é a de que os agentes atuaram com excesso na legítima defesa, o que levou à contra reação do parlamentar, ou seja, os policiais não teriam atuado apenas para interromper os disparos do deputado, mas que também pretenderiam atingi-lo.