O juízo da Vara Criminal da comarca de Curitibanos, na Serra, decidiu que um homem voltará a ser julgado em sessão do Tribunal do Júri. Desta vez, denunciado por homicídio qualificado cometido contra o próprio pai. O réu será submetido a novo julgamento porque a mãe havia assumido a autoria do crime na tentativa de defender o filho da acusação.
Considerado pelas autoridades policiais como um “serial killer”, o réu, que responde pela morte de outras duas pessoas no meio-oeste, é acusado de assassinar o pai com golpes de barra de ferro na cabeça enquanto a vítima dormia. Conforme a denúncia, para assegurar a morte, ele ainda cobriu a cabeça com sacos plásticos e o asfixiou para que perdesse os sinais vitais.
O crime ocorreu em março de 2013, em São Cristóvão do Sul. A mãe e o filho foram a júri popular em novembro de 2017. Ela acusada por homicídio qualificado e ocultação de cadáver; ele, por ocultação de cadáver. Em plenário, ao ser interrogada, a mãe apontou o filho como autor do crime. Além disso, na mesma oportunidade, ele assumiu ter matado o pai. Os jurados absolveram a mulher.
O homem foi denunciado, em 2018, por homicídio duplamente qualificado. Com a sentença de pronúncia proferida recentemente pela Justiça, o réu irá a júri por homicídio qualificado por meio cruel. O magistrado sentenciante afastou a qualificadora do crime cometido mediante recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido. Também não ficou provada a asfixia. A sessão que vai definir o desfecho do caso ainda não tem data para ocorrer, pois a sentença de pronúncia é passível de recurso.