A Justiça condenou a Renner a pagar R$ 15 mil por danos morais à vítima de racismo em uma filial em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Além da indenização, a empresa deve se retratar publicamente.
Segundo o jornal OGlobo, o juiz lamentou o racismo e determinou que a ré fixe textos de retratação, com destaque, em seu perfil no Instagram e no site oficial da marca, além de expor cartaz na entrada da loja palco do caso. As publicações devem ser mantidas por 90 dias. Vitor, um rapaz negro, foi à loja em junho passado comprar roupas para uma festa. Após o pagamento, quando estava saindo do local, foi abordado por quatro seguranças e obrigado a expor seus pertences.
A versão apresentada pelo advogado Douglas Oliveira foi confirmada pela Justiça. Imagens juntadas aos autos revelaram que ele foi interpelado por funcionários sem motivo plausível e encaminhado a uma sala reservada. Segundo o processo, Vitor foi injustamente acusado de furto perante outros clientes.
Em sua decisão, o juiz Eduardo Buzzinari escreveu que “lamentavelmente, em pleno século XXI, a sociedade ainda é obrigada a conviver com a nódoa lamacenta do racismo, que tanto sofrimento já causou ao longo da história deste país”.