Regina Duarte é condenada a indenizar filha de Leila Diniz

Regina Duarte é condenada a indenizar filha de Leila Diniz

A atriz Regina Duarte foi condenada pelo Juizado Especial Cível da Lagoa, no Rio de Janeiro, a pagar uma indenização de R$ 30 mil à diretora e roteirista Janaina Diniz Guerra, filha da artista Leila Diniz.

Guerra entrou com processo contra a atriz em julho passado, alegando violação ao direito de imagem e honra de sua mãe por causa de um vídeo publicado por Regina Duarte no Instagram, que ainda está no ar.

O vídeo tem uma foto de Leila Diniz com outras atrizes em protesto contra a censura da ditadura militar, em 1968. A imagem aparece em meio a frases como “1964 foi uma exigência da sociedade” e “as mulheres nas ruas pediam o restabelecimento da ordem”, ditas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Guerra alega que a foto foi tirada de contexto e relacionada a um movimento que Leila Diniz condenava. Celia Marcondes Smith, a advogada de Regina Duarte, afirma à Folha que a atriz vai recorrer. “É um equívoco grande. A foto, que tem diversas pessoas, é pública, não é exclusiva nem íntima. Não houve má-fé na publicação. Regina postou inocentemente. Não é justo, e a Justiça tem que ser justa”, diz.

Além da indenização, a Justiça mandou Regina Duarte excluir o vídeo em até 48 horas a partir da condenação, que ocorreu nesta sexta-feira (8), sob multa diária de R$ 1.000. Smith, a advogada, diz que ainda não houve intimação.

A Justiça também exige que a atriz se retrate sobre o caso em todas as suas redes de vídeo, dizendo que Leila Diniz nunca apoiou a ditadura militar e que a fotografia dela foi feita em contexto de oposição ao regime e à censura.

“Eu não poderia deixar de defender a imagem de minha mãe nem deixar que alguém altere a história dela. A utilização caluniosa é inaceitável e me deixa profundamente indignada. As pessoas precisam aprender a ter respeito pela memória das outras”, diz Guerra em nota.

A foto que aparece no vídeo de Regina Duarte mostra Leila Diniz, ao lado das atrizes Eva Todor, Tônia Carrero, Eva Wilma, Odete Lara e Norma Bengell. Elas faziam parte dos protestos, que incluíram uma greve de artistas no Rio de Janeiro, contra cortes e proibições de peças de teatro feitos pela ditadura instaurada no país a partir de 1964.

Com informações Folha de São Paulo

Leia mais

Conselheiro suspende, por irregularidades, vigência de edital de Doutorado da UEA para 2025

Decisão monocrática do Conselheiro Substituto Mário José de Moraes Costa Filho, do TCE/AM, determinou à Fundação Universidade do Estado do Amazonas-UEA, que adote providências...

Possíveis ofensas reflexas à Constituição na sentença penal não motivam Recurso Extraordinário

O recurso extraordinário possui rol taxativo, restando vinculado apenas as alternativas que estiverem autorizadas para seu conhecimento junto à Suprema Corte. Sua finalidade precípua...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

TSE Unificado: divulgados horários das provas em 8 de dezembro

Os candidatos do Concurso Unificado da Justiça Eleitoral já podem verificar, por meio de consulta individual, o local de...

Campanha alerta para versão contemporânea do trabalho escravo

Durante este mês da Consciência Negra, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) realiza a campanha De Olho Aberto para...

Conselheiro suspende, por irregularidades, vigência de edital de Doutorado da UEA para 2025

Decisão monocrática do Conselheiro Substituto Mário José de Moraes Costa Filho, do TCE/AM, determinou à Fundação Universidade do Estado...

CNJ abre semana nacional de regularização fundiária na Amazônia

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abre neste sábado (23) a 2ª Semana Nacional da Regularização Fundiária - Solo...