A Presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann defende que a autonomia conferida ao Banco Central não significa que tenha uma carta branca para a ‘irresponsabilidade’. Hoffmann se posiciona no sentido de que ‘ter mandado não significa ser imexível’. A ideia é que o freio de mão, representado por altas taxas de juros foi puxado, e emperra diretamente à economia. Isso é inadmissível para Lula e o PT.
A ofensiva é para a derrubada do patamar de juros, hoje em 13,75% ao ano. Para o Governo, com juros de 13,75% não há como fazer a economia girar. Se defende a ideia de que todos querem juros mais baixos.
Ademais, há uma comparação de que a atual administração do Banco corresponda à ‘última trincheira do bolsonarismo no poder’. Há um convite para que o Presidente do Banco Central, compareça à Comissão de Finanças e Tributação da Câmara para explicar a manutenção da taxa de juros em 13,75% em descompasso com a desaceleração da economia.
O deputado Lindbergh Farias, do PT, apresentou requerimento para convidar Campos Neto, diretor do Banco Central, a comparecer à Comissão de Finanças e Tributação da Câmara e explicar a manutenção da taxa de juros em 13,75%, além do que chamou de erro contábil no fluxo cambial, em um cenário de desaceleração da economia.
No que pese partidos políticos ‘aliados’ do PT em declarar, inclusive, que a autonomia do Banco Central é a proteção contra ideologias e até contra mercados, há nesse contexto apenas uma declaração informal, sem muito compromisso com esse contexto, pois há outros interesses políticos com o governo que muito pesam sobre esses contornos.