O Conselho Nacional do Ministério analisará pedido de instauração de Reclamação Disciplinar contra o Promotor de Justiça Alexandre Mourão Mafetano, do Ministério Público de São Paulo. Mafetano atua na Comarca de Taubaté, e a representação registra que, na realização de um júri, a advogada atuante Cinthia Souza teria sido vítima de violência pelo Promotor, que, em Plenário de julgamento e no calor dos debates, teria falado que a advogada tem ‘o hábito de rebolar’ e que ‘estaria dando um show’.
Segundo o documento, não mais seria questão de ganhar ou perder a causa em julgamento, mas há a nítida intenção de ‘desestabilizar’ a causídica. Se afastou, também, a hipótese de ser mais uma questão de absolver réus com base em provas. Seria algo pessoal com a advogada, editou o documento.
A advogada firmou em seu pedido que a conduta do Promotor se revela ‘em puro machismo’. Os Conselheiros do CNMP Rodrigo Badaró e Rogério Varela emitiram parecer à Corregedoria da Conselho no sentido de que a Reclamação seja conhecida e provida e destacam que, contra o Promotor, se confirmada a acusação imputada pela advogada, além de infração disciplinar, ficam claros os atos de misoginia, violação de prerrogativas da advocacia e até mesmo ato de discriminação.