A defesa de Eurípedes Júnior informou que ele se entregou à Polícia Federal (PF) em Brasília. Ele foi alvo de um mandado de prisão em decorrência de sua suposta participação no desvio de R$ 36 milhões durante as eleições de 2022.
Os advogados de Eurípedes Júnior destacaram que ele se licenciou de suas funções de dirigente partidário e que demonstrará a insubsistência dos fundamentos de sua prisão preventiva, além de sua total inocência.
A operação, que culminou na prisão de seis pessoas, resultou na apreensão de cerca de R$ 26 mil em espécie e de um helicóptero adquirido com verba pública. Foram expedidos sete mandados de prisão, 45 de busca e apreensão, além de ordens de bloqueio e indisponibilidade de bens pela Justiça Eleitoral no Distrito Federal.
Denominada Operação Fundo no Poço, a ação foi realizada pela Polícia Federal em 12 de junho, tendo como principal alvo Eurípedes Júnior, presidente do partido Solidariedade e ex-dirigente do Partido Republicano da Ordem Social (PROS).
Considerado foragido após tomar conhecimento do mandado de prisão, seu paradeiro era inicialmente incerto. A operação investiga crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral.
A investigação teve início após uma denúncia sobre o desvio de aproximadamente R$ 36 milhões dos fundos partidário e eleitoral. Relatórios de Inteligência Financeira e análises de prestações de contas de supostos candidatos indicaram a existência de uma organização criminosa estruturalmente ordenada para desviar e se apropriar desses recursos.