Há uma crise entre o presidente Lula e Roberto Campos do Banco Central. Lula acusa Campos de não ser flexível com o desenvolvimento econômico do país ao manter altas taxas de juros com a política do Copom, com taxa de 13,75%, sem que se a altere. Intermediadores procuram uma trégua. Mas a situação não parou aí. O Ministro Aloísio Mercadante, do BNDES está sendo visto com reserva, inclusive por Haddad, ao pautar um seminário para esta semana no qual pretende sugerir ao governo um ‘arcabouço fiscal’. Esse ‘arcabouço’ consiste no tema que Campos diz precisar para avaliar a política de taxas do Copom. Mas, a autoridade natural no Governo, é de Haddad e não de Mercadante.
A crise no governo se revela. Haddad interpreta que haja uma intromissão de Mercadante nos assuntos da Fazenda, a quem cabe a elaboração de uma política fiscal para o governo. Há um temor de que Mercadante apresente uma proposta que soe diferente da ofertada por Haddad, com incongruências nada salutares e que possam se apresentar duvidosas.
Haddad diz que Mercadante pode fazer o que quiser, reunir com quem quiser, discutir o que quiser, mas que é seu o ministério que vai decidir qual será o ‘arcabouço’ fiscal do governo para se alinhar as metas da política inflacionária e do gasto das contas públicas, tendentes a influenciar na redução das taxas de juros.