Em São Paulo foi encerrado, nesta semana, pelo Tribunal do Júri, o segundo julgamento de Ricardo Krause, acusado do homicídio da própria filha, uma criança que foi encontrada morta depois de ter sido asfixiada com uma sacola de plástico na cabeça. O crime ocorreu em 2015. A polícia suspeitou das circunstâncias nada comuns em que a menina foi encontrada sem vida, com a cabeça envolta em uma sacola de plástico, e as suspeitas levaram a prisão temporária de Ricardo no dia do velório.
O Júri decorreu de um recurso contra o primeiro julgamento, de 2018, anulado porque o Tribunal de Justiça de São Paulo entendeu que a condenação foi manifestamente contrária às provas dos autos, com quesitos e respostas contraditórias. Nestas circunstâncias, Ricardo, submetido a novo julgamento, conseguiu que os jurados aceitassem a tese de homicídio culposo, e foi condenado a 1 ano e seis meses de prisão.
No primeiro julgamento, Ricardo foi condenado a 24 anos e 10 meses de reclusão, em regime fechado. A mãe da criança disse que houve injustiça no novo julgamento e pretende tomar providências para reformar o julgamento, não aceitando a narrativa de que o ocorrido foi consequência de um acidente doméstico.
A defesa de Ricardo afirma que o Júri fez justiça e relembra que o pai da criança sempre se disse inocente, e que foi grande o sofrimento ao encontrar a filha morta, com uma sacola na cabeça, sem respirar. No momento da tragédia, Ricardo estaria no banheiro, tomando banho, enfrentando a cena trágica, com a filha já sem vida.