Uma análise do The Washington Post, com base em mais de 23 mil boletins de urna coletados pela oposição venezuelana, sugere que o candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, recebeu mais do que o dobro dos votos do atual presidente Nicolás Maduro nas eleições de 28 de julho. Segundo a análise, González obteve 67% dos votos contra 30% de Maduro, com base em dados de 79% das urnas eletrônicas do país. Mesmo que Maduro recebesse todos os votos restantes, ele ainda ficaria significativamente atrás de González.
O Conselho Eleitoral Nacional (CNE), controlado por Maduro, declarou o presidente vencedor com 52% dos votos, mas não publicou resultados detalhados para auditoria, o que é exigido por lei. A oposição, por outro lado, divulgou seus próprios resultados, baseados em observadores voluntários que coletaram e escanearam folhas de contagem.
As análises independentes de outros grupos, como a Associated Press e a AltaVista Research, corroboram os dados da oposição, indicando que González venceu com ampla margem. Observadores, como o Centro Carter, criticaram o processo eleitoral, afirmando que não atendeu aos padrões internacionais de integridade. O governo dos EUA, entre outros, expressou ceticismo sobre os resultados oficiais e reconheceu a vitória de González.
Maduro alegou que um ataque cibernético impediu a divulgação de resultados detalhados, mas não apresentou provas. Especialistas consideraram essa alegação improvável, dado que a rede do sistema eleitoral deveria estar isolada e segura.