Associações militantes no movimento negro irão ingressar com uma ação civil pública contra a União pedindo danos morais coletivos no valor de R$128 milhões pela morte de Genivaldo de Jesus Santos, morto na última quarta-feira (25), após ser abordado pela Polícia Rodoviária Federal e colocado no porta-malas da viatura da PRF, no município de Umbaúba, no sul do estado de Sergipe. Genilvado teve a morte constatada por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda.
Em 2020, a família de George Floyd recebeu US$27 milhões – caso do trabalhador morto nos EUA, que também repercutiu o mundo inteiro, morto na mesma data da morte de Genivaldo – quando se completou 2 anos de sua morte, e pelo mesmo meio cruel decorrente da tortura das autoridades policiais. No caso de Genivaldo, a ação será proposta pela Justiça Federal de Sergipe, e a indenização não será destinada à família, já que se trata de dano coletivo. Mas a família também poderá pedir indenização individual na justiça.
“Definimos o pedido de indenização com base no que foi fixado nos Estados Unidos para o George Floyd porque Genivaldo de Jesus, assim como ele, também era negro, foi morto pela polícia, por asfixia, e exatamente na mesma data, embora com a diferença de dois anos”, afirma o Márlon Reis, advogado da ação coletiva e doutor em Sociologia Jurídica.
Genivaldo morreu na última quarta-feira (25) após ser abordado por uma blitz por estar sem capacete. Foi imobilizado e torturado por policiais rodoviários na BR-101, em Umbaúba. A ação foi gravada por testemunhas que estavam no local.
A população e o mundo espera que a justiça seja feita.
Justiça à Genivaldo.