OAB lança cartilha em defesa do consumidor e para garantir acesso de vulneráveis à Justiça

OAB lança cartilha em defesa do consumidor e para garantir acesso de vulneráveis à Justiça

O Conselho Federal da OAB, por meio de sua Comissão Especial de Defesa do Consumidor, acaba de lançar a cartilha OAB em Defesa da Cidadania. A publicação foi elaborada com a participação de especialistas de todo o Brasil e representantes das seccionais da Ordem do Rio de Janeiro, Ceará, Piauí, Bahia, Goiás e Amazonas, além do Distrito Federal.

O objetivo é garantir que todos os cidadãos possam exercer seus direitos, independentemente das barreiras impostas por bancos, empresas de seguros, administradoras de planos de saúde e companhias aéreas – setores que lideram o número de reclamações.

De acordo com o presidente do CFOAB, Beto Simonetti, a cartilha visa reforçar o compromisso da Ordem com a defesa dos direitos dos cidadãos, especialmente os mais vulneráveis, e barrar iniciativas críticas que buscam criar obstáculos ilegais ao exercício da advocacia. “Além de orientar os advogados, o documento denuncia práticas abusivas de empresas que buscam reduzir a judicialização de suas ações lesivas, atacando diretamente os direitos dos consumidores e a atuação dos advogados”, afirmou.

A cartilha é lançada no mesmo momento em que alguns setores da administração judiciária de tribunais estaduais e federais têm editado portarias, orientações e até enunciados que autorizam, sem previsão legal, que juízes criem regras inovadoras para dificultar o acesso de vulneráveis à Justiça, o que contraria a legislação. A publicação desmistifica, ainda, o uso do termo “litigância predatória”, que tem sido usado por alguns tribunais para explicar a extinção prematura de ações judiciais legítimas.

“Esta cartilha alerta juízes, advogados e cidadãos para as armadilhas e os erros de criminalização da advocacia e da extinção em massa de direitos dos brasileiros”, explicou o presidente da Comissão Especial de Defesa do Consumidor, Walter José Faiad de Moura, apontando que “o pior e mais prejudicial à cidadania é a falácia da ‘litigância predatória’”.

O documento também apresenta 20 mandamentos, devidamente legais, que norteiam o amplo acesso da sociedade à Justiça e ressaltam que a presunção de má-fé em ações contra grandes fornecedores é uma violação dos direitos previstos na lei.

Com informações da OAB Nacional

Leia mais

STF mantém decisão do TJ-AM que suspendeu isenção de templos religiosos de licença ambiental

Com decisão do Ministro Edson Fachin, o Supremo Tribunal Federal manteve a decisão do Tribunal de Justiça do Amazonas que suspendeu a lei de...

É direito do estudante que tente antecipar o ensino médio se aprovado no vestibular, diz TJ-AM

É possível admitir que o estudante se submeta a um exame de proficiência para obter, por antecipação, o certificado de conclusão do ensino médio...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Daniel Silveira é levado para cadeia pública de Benfica, no Rio

O ex-deputado federal Daniel Silveira deu entrada na manhã desta terça-feira (24) na Cadeia Pública José Frederico Marques (Benfica),...

MPSP denuncia policiais por formação de milícia

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou nesta segunda-feira (23) um grupo de 16 pessoas por formação de...

Governo edita decreto para disciplinar uso da força em ações policiais

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) publicou nesta terça-feira (24) um decreto para regulamentar o uso da...

Indicação de Monteiro Lobato para escolas públicas não violou normas antirracistas, decide STJ

A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) concluiu, por unanimidade, que o Conselho Nacional de Educação (CNE)...