Os fatos envolvendo o assédio sexual imputado pela atriz Dani Calabresa contra o ex-diretor da Rede Globo Marcius Melhen tramita há quase dois anos e não terá uma solução pela justiça neste ano de 2022 e sem qualquer projeção para que haja um julgamento desse caso para o ano vindouro, indicando padrão de morosidade que é típico do sistema processual brasileiro. Melhen, no entanto, afirma que tem sido vítima de um complô.
O ex-diretor tem atuado incisivamente na sua defesa, embora sequer tenha sido indiciado por crime de natureza sexual. O que há de concreto é que Marcius Melhen moveu uma ação de reparação de danos na esfera cível contra Calabresa. De fato, Marcius teve grandes prejuízos em sua vida pessoal e profissional, pois, após 17 anos de parceria com a Rede Globo se viu fora da empresa no ano de 2020.
Foi nesse ano que Melhem teve contra si acusações de que forçava intimidade com subordinadas e, aproveitando-se do seu poder dentro da Globo, prejudicava as carreiras de quem não cedia aos seus avanços. Contra Calabresa teria até ‘forçado’ para ter uma relação. Melhem interpelou judicialmente Dani Calabresa para que se manifestasse sobre uma reportagem da revista Piauí, que teria narrado uma investida violenta do ex-diretor da Globo sobre ela numa festa do elenco de humor da Globo.
Os processos sobre o caso correm em sigilo, mas Melhen entregou recentemente à Justiça várias conversas em WhatsApp e com as quais pretende demonstrar que foram fantasiosas as agressões de natureza sexual imputadas a sua pessoa. As mensagens seriam em sentido diverso, e registrariam um tom carinhoso e com espaço para brincadeiras de cunho sexual, inclusive refutam narrativas de violência praticadas por Melhen na festa de elenco de humor da emissora.