O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, está passando por um crise de degeneração política, não apenas pela derrota nas urnas eletrônicas que tanto temeu e muito combateu. Há uma mudança, típica de condutas bolsonaristas que emerge no sentido contrário a Bolsonaro, mas que se constitua numa tática de sobrevivência do próprio Bolsonaro e de seus ‘aliados’ políticos, cuja aliança também passa por um processo de desgaste. Bolsonaro tomou a iniciativa de dizer que ‘não existe bolsonarismo’. Mas o grupo que apoiou o ex presidente tenta se manter coeso, surgindo uma espécie de ‘nova direita’.
A ideia é manter os antigos eleitores com novas ações estratégicas dentro do que está se admitindo internamente, entre os bolsonaristas, de se denominarem de ‘representantes da direita conservadora’. O escopo desse grupo é o de se manter coeso, com uma nova roupagem. E o que muito contribuiu para essa nova ‘perspectiva’ foi o desgaste dos bolsonaristas depois do ocorrido no dia 8 de janeiro.
Os ataques antidemocráticos em Brasília causaram repúdio e indignação de muitos brasileiros, aumentando, inclusive, o número de ‘apoiadores’ do Ministro Alexandre de Moraes. Ademais, as decisões de Moraes seguem contra bolsonaristas, não mais com o peso contrário e anteriormente forte das opiniões de seus opositores.