Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, foi inaugurada no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira 5/6, a experiência imersiva em realidade virtual “Amazônia Viva”. O filme permite uma viagem pelo Rio Tapajós e mostra a beleza e a diversidade da fauna e da flora de parte da região amazônica.
O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, abriu a instalação, acompanhado pelos ministros Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Ayres Brito (aposentado). Após participar da experiência usando óculos 3D, Barroso disse ter se sentido dentro da floresta, com toda vegetação exuberante, animais e igarapés. “Acho que é um momento importante de conscientização sobre a Amazônia, em que a natureza dá um alerta para o Brasil e para o mundo com a tragédia no Rio Grande do Sul.”
Barroso afirmou que a floresta amazônica é um grande ativo ambiental e não um passivo. “Temos que encontrar mecanismos de sustentabilidade para as 25 milhões de pessoas que vivem lá.” E criticou os negacionistas que não acreditam na existência das mudanças climáticas, apesar dos alertas dos cientistas e das evidências trazidas pelas tragédias climáticos no mundo.
O representante do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente no Brasil, Alberto Capella, agradeceu ao presidente do STF pelo convite e disse que o filme é uma oportunidade de visualização virtual da floresta e de demonstração da importância da preservação do bioma amazônico.
Presentes
A cacica Raquel Tupinambá, coordenadora do Conselho Indígena do Baixo Tapajós no Amazonas, participa do filme “Amazônia Viva” como guia e esteve presente no evento no STF. Ela disse ter esperança de que o uso da tecnologia, a beleza das florestas e a ciência dos povos tradicionais ajudem a aumentar o apoio da sociedade brasileira e das autoridades na luta contra o desmatamento florestal. Ela aproveitou a ocasião para pedir a demarcação das terras indígenas e a colaboração para o desenvolvimento territorial sustentável da região.
O evento teve a participação, ainda, do coordenador nacional da Iniciativa Inter-Religiosa pelas Florestas Tropicais da ONU, Carlos Vicente, do pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da USP e co-presidente do Painel Científico da Amazônia, Carlos Nobre, e da representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Maria Irene Lopes dos Santos.
Aberto ao público
A exibição do filme está aberta ao público externo e permanecerá no edifício-sede do STF até 30/6. As visitações acontecerão todos os dias da semana, inclusive aos sábados e domingos, das 11h às 16h.
Durante 10 minutos, o filme desvenda, de forma interativa, ambientes da floresta amazônica. Além de interagir de forma virtual com o ambiente, a produção possui uma tecnologia inovadora, produzida por uma startup brasileira, que é a emanação de cheiros da floresta, inclusive de queimadas.