Se opondo aos fundamentos da decisão em que a juíza federal Gabriela Hardt autorizou o cumprimento de 11 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão contra o grupo criminoso suspeito de planejar atentados contra autoridades, dentre eles Sérgio Moro, e que resultou na prisão de um dos seus líderes, há nova versão, e com o ritmo de puro exercício de direito defesa realizado por Nefo, cognome de Janeferson Aparecido Mariano Gomes, comandante da temida Sintonia da Restrita em São Paulo – que representa, dentro da Organização Criminosa PCC, o setor de Inteligência.
Provas evidentes por meio de fotos, mensagens, planilhas, monitoramento das autoridades e de Sérgio Moro, tudo foi abandonado por Nefo durante seu depoimento aos Federais. E uma revelação: O objetivo era o de jogar ovos sobre Sérgio Moro, nunca de sequestrá-lo.
A única circunstância que bate com o apurado, na sequência do depoimento de Nefo é que a vida de Moro foi vasculhada, detalhadamente, com mapeamento de endereços, locais de deslocamento, porém, sem a intenção de qualquer atividade ilícita em relação a Moro. A motivação foi de natureza política, disse Nefo aos Federais.
Para Nefo, Moro, quando juiz, pecou por sua parcialidade, se revelando como um juiz partidário que reunia provas para condenar réus. Embora Nefo negue relação com o Primeiro Comando da Capital, os Federais têm contra o indiciado uma soma de fatos e circunstâncias que o aproximam da Organização, e o definem como um de seus maiores expoentes.
Provas foram reunidas contra Nefo, e se demonstraram contundentes, desde a data em que as autoridades desarticularam o plano feito pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) de sequestrar e matar servidores públicos e autoridades, incluindo o ex-juiz e senador Sergio Moro (União Brasil/PR) e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que integra o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco).