Membros da Defensoria Pública da União (DPU), do Ministério Público do Trabalho (MPT) , da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) e da Secretaria de |Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS) chegaram ao apartamento no bairro de Nazaré, na última quarta-feira (21), área central de Salvador, para verificar as condições de trabalho de mulher após denúncias anônimas. Natural de Santonópolis, a 147 km da capital, a assistida desde a adolescência trabalhava cuidando da residência e de idosas de uma mesma família, sem direito a qualquer descanso semanal. Ela foi resgatada pela força-tarefa e encaminhada a um abrigo.
Quando veio para capital com apenas 15 anos, a assistida ficou encarregada de cuidar de uma senhora centenária e da casa, onde também moravam outras três idosas. Em 2001, elas se mudaram para Amargosa levando a assistida. Pouco tempo depois, a mais velha faleceu e,em 2008, as idosas decidiram retornar para o apartamento de Salvador, sempre aos cuidados exclusivos da mulher.
De acordo com o defensor federal Ricardo Fonseca, que acompanhou a operação, a assistida só passou a receber salário pelo trabalho prestado em 2018, após alerta de terceiros, mas nunca gozou férias, não recebeu horas-extras e continuou sem direito ao repouso remunerado.
Fonte: DPU