Há uma forte presença de militares na máquina administrativa federal, fruto da gestão de Jair Messias Bolsonaro e o novo governo eleito acena para o desafio do desmanche desse quadro. Porém, como se manifestou o futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, a retirada de militares de cargos do primeiro escalão será uma das tarefas mais delicadas do novo governo.
No dia de ontem, à Globo News, Múcio declarou que ‘não adianta esconder que tem muitos militares em cargos na Esplanada. Tem miliares de todas as armas. O que eu disse é que a gente precisa voltar ao que éramos. No governo você tem substituições. Vamos ver como vai ser’, declarou o futuro ministro.
Um dos desafios está com as possíveis mudanças na Nuclep, uma estatal que a vincula ao Ministério de Minas e Energia. A Nuclep, é produtora de bens de capital sob encomenda e é presidida pelo contra-almirante Carlos Henrique Silva Seixas. A estatal foi criada em 1975, década em que o governo militar fez fortes investimentos no desenvolvimento de empresas do setor para atender ao Programa Nuclear Brasileiro.