O Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ) e a Polícia Civil, por meio da 76ª Delegacia de Polícia (Niterói), cumprem 15 mandados de prisão e 18 de busca e apreensão contra pessoas envolvidas em um esquema de comercialização ilegal de anabolizantes, sem autorização ou fiscalização de órgãos de vigilância sanitária. A Operação Kairós, deflagrada nessa terça-feira (14/01), é resultado de denúncia do GAECO/MPRJ à Justiça contra 23 pessoas pelos crimes de associação criminosa, falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais e crimes contra as relações de consumo.
Os mandados obtidos pelo GAECO/MPRJ junto à 5ª Vara Criminal da Comarca de São Gonçalo são cumpridos em endereços localizados na Capital (Irajá, Vicente de Carvalho, Guadalupe, Méier e Olaria) e mais três municípios: Niterói, São Gonçalo, e Maricá. Também há um mandado de busca e apreensão no Distrito Federal. O GAECO/MPRJ também obteve ordem judicial de bloqueio de R$ 82.062.506,00 da conta dos denunciados.
As investigações do GAECO/MPRJ identificaram as marcas Next Pharmaceutic, Thunder e Plus Suplementos como parte do conglomerado envolvido na venda de anabolizantes. Segundo os promotores, os criminosos vendiam, expunham à venda e distribuíam produtos sem registro no órgão de vigilância sanitária competente, de procedência desconhecida e adquiridos de empresas sem autorização das autoridades sanitárias. Os produtos eram promovidos e comercializados por meio de sites e redes sociais, sem informações sobre os riscos à saúde, induzindo os consumidores a comportamentos prejudiciais.
As investigações tiveram início em meados de 2024, a partir de postagens identificadas pelo setor de Segurança dos Correios e comunicadas à Delegacia de Crimes Contra o Consumidor (DECON). Estima-se que, desde o início das investigações, tenham sido apreendidos 1.150 frascos contendo substâncias anabolizantes e que o grupo criminoso movimentou mais de R$ 82 milhões no período. O GAECO/MPRJ ressalta que, apesar de expressivo, o número de encomendas identificadas e retidas pelos Correios representa apenas cerca de 10% do total efetivamente distribuído pelo grupo. Os denunciados comercializavam as substâncias para clientes localizados em 26 estados brasileiros.
Com informações do MPRJ