Após denunciar a organização criminosa dedicada ao tráfico de drogas, o Ministério Público Federal (MPF), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Federal (Gaeco), apresentou nova denúncia contra 12 pessoas pelo cometimento do delito de lavagem de dinheiro. As ações foram propostas no âmbito da Operação Geminus.
A investigação identificou a atuação de um grupo criminoso extremamente organizado e com estruturas hierárquicas sólidas, dedicado à internalização de entorpecentes no país pela região da fronteira de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, e Ponta Porã, no Brasil. A base originária da cocaína era o exterior, de onde partiram diversos carregamentos de drogas direcionados ao Rio Grande do Sul.
Em decorrência dessa atividade ilícita e extremamente lucrativa, os denunciados adquiriram um patrimônio significativo, mantendo grande parte em nome de laranjas. Foram identificadas duas fazendas e 21 imóveis comprados com o dinheiro do tráfico e ocultados das autoridades. Também eram utilizadas duas empresas para “esquentar” o dinheiro do tráfico de drogas.
A denúncia descreve esquemas sofisticados de lavagem de dinheiro, como simulação de venda de grãos, que permitiu o ingresso aparentemente lícito de R$ 15 milhões nas contas dos denunciados e a utilização de um “banco paralelo” para lavar mais de R$ 4 milhões.
As ações penais tramitam na Justiça Federal em Porto Alegre. Com informações do MPF