O Ministério Público do Amazonas (MPAM) deu um passo importante em busca da construção de uma instituição mais alinhada às novas metodologias de resolução de conflitos, ao capacitar Membros e servidores em Justiça Restaurativa. Servidores do MPAM e servidores do TJAM participaram do curso de formação de facilitadores, promovido pelo Escola Judicial do Tribunal de Justiça do Amazonas, em parceria com o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf) e o Núcleo Permanente de Autocomposição do Ministério Público do Amazonas (Nupa).
Com duração de 48 horas, o curso teve como objetivo capacitar servidores para conduzirem Círculos de Resolução de Conflitos e Círculos de Construção de Paz, em metodologias que podem ser aplicadas tanto na prevenção e transformação de conflitos pré-processuais, quanto na solução de conflitos já judicializados.
“A turma se desenvolveu muito bem e a metodologia já está incorporada neles, inclusive já estão praticando o método. Essa turma tem um grande potencial de multiplicação dessa metodologia e a Justiça Restaurativa é uma grande filosofia, ou seja, é uma forma de ver as relações humanas e as conexões de um jeito diferente, através de várias metodologias existentes como os Círculos de Construção de Paz, que são utilizadas para viver essas relações como uma forma diferente de conversa organizada, com um espaço de diálogo para se conhecerem melhor”, explicou a instrutora do curso, Rafaela Duso, psicóloga e facilitadora de Círculos de Proteção de Paz do Rio Grande do Sul.
O corpo docente também contou com a presença de Afonso Armando Konzen, Procurador de Justiça aposentado do Rio Grande do Sul e professor da Escola da Magistratura da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul.
“Estamos aprendendo como podemos cuidar dos nossos conflitos de convivência de uma forma mais amigável e estamos investindo muito na formação dos educadores, pois os fundamentos dessas práticas estão na cultura da paz”, enfatiza Afonso Armando Konzen.
Durante a capacitação, os servidores do MPAM tiveram a oportunidade de aprender os elementos estruturais de um Círculo de Construção da Paz e desenvolver roteiros que facilitam a resolução de cada caso. A intenção é que eles possam aplicar essas práticas na atuação no MPAM, já que essas práticas circulares podem ser aplicadas na prevenção e mediação de conflitos.
A Procuradora de Justiça Anabel Vitória Mendonça de Souza, Coordenadora do Nupa, destacou a importância desse curso para o MPAM. “O grande objetivo é que as instituições se unam para compreender que a Justiça convencional tem seu lugar, mas é fundamental adotar novas metodologias para enfrentar as questões pertinentes à Justiça. A cultura da paz trabalha com essas metodologias, entendendo que cada questão precisa de abordagens diferenciadas”, ressaltou.
Com informações da Assessoria de comunicação do MPAM