O Tribunal de Justiça Militar proferiu sentença, na quarta-feira (25/10), contra seis policiais militares envolvidos num caso em que um disparo de munição não letal resultou na perda de visão de um homem. As penas variam de 9 meses e 15 dias detenção a 6 anos e 4 dias de reclusão, esta última relativa ao oficial que alvejou a vítima.
De acordo com a denúncia, de autoria da promotora Giovana Guerreiro, no dia 21 de agosto de 2022, por volta das 4 horas, no encontro da Rua Vale da Nogueira com a Estrada Antiga do Mar, em São Paulo, o oficial “ofendeu a integridade corporal” da vítima, causando-lhe lesão corporal de natureza gravíssima, consistente em deformidade duradoura.
“O argumento defensivo no sentido de que o disparo com elastômero padece de falta de precisão deve ser afastado, pois não estamos aqui a tratar de um caso em que houve mira no chão ou para o alto e por erro de precisão a borracha atingiu alguém. Muito pelo contrário, houve mira, várias tentativas de disparo a curta distância, e acerto do alvo, produzindo lesão condizente com o que se sabe acerca da potencialidade lesiva de tiro de elastômero dado a curta distância”, escreveu a juíza Maria Elisa Terra Alves.
Com informações do MPSP