A administração de Alexandre de Moraes perante o Tribunal Superior Eleitoral é motivo de preocupação não somente de Bolsonaristas, mas de todo o STF e do meio jurídico. O comando da Corte Eleitoral saíra de Edson Fachin e passará a ser de Moraes a partir de 16 de agosto, data da posse do novo Presidente da instituição que já comanda o processo eleitoral de 2022.
Milícias Bolsonaristas estão no alvo de Moraes, além de que o Ministro tem uma lista de decisões e todas atingem diretamente os interesses do Presidente da República. Tudo indica que Moraes passará a exigir uma maior atuação da Procuradoria Geral da República, que, no TSE, é o Procurador Geral Eleitoral. Temas eleitorais teriam tido pouco impulso na Corte, e isso não agrada Moraes.
O clima é tenso, pois, como de todos sabido, o Presidente da República iniciou uma campanha para desacreditar o Tribunal Superior Eleitoral e as urnas eletrônicas. Bolsonaro já havia declarado guerra oficial a Moraes quando apresentou ao Senado pedido de impeachment do Ministro, que conduz no STF os inquéritos sobre o presidente e seus aliados. Rodrigo Pacheco, Presidente do Senado arquivou a iniciativa.
Em inquérito que investiga as fake News contra o processo eleitoral, a PF apontou evidências de que militares e a Abin levantaram informações para sustentar a ofensiva de Bolsonaro contra as urnas, sem que houvesse prova de fraude. O Brasil será outro a partir de 16 de agosto, apostam os mais otimistas.