O Ministro Alexandre de Moraes, do STF, ao se desincumbir de seu relato à Polícia Federal, acerca do episódio ocorrido no Aeroporto de Roma, deu versão política aos fatos, segundo informações das autoridades investigantes. Teria ocorrido, assim, motivação envolvendo fraude às urnas eletrônicas ou interferência no resultado eleitoral. A defesa do casal Mantovani diz se cuidar de uma ‘curiosa inovação’.
Moraes teria aludido a duas investidas dos Mantovani, além de impropérios do tipo “Você roubou as eleições, fraudou as urnas eletrônicas”, com conotação política. O criminalista Ralph Tórtima disse que não teve acesso a esse conteúdo, mas, pelo que se depreende, houve uma ‘curiosa inovação’.
A justificativa para essa conclusão, segundo o advogado, é o fato de que, por ocasião das notícias que narraram as ‘hostilidades’, de iniciativa do próprio Ministro à Polícia Federal, não houve referência às ofensas de natureza política, ao modo como Moraes, ao depois, deixou formalizado no caderno apuratório.
“O que se pode dizer, de forma objetiva, é que nenhuma das ofensas agora divulgadas, envolvendo fraude às urnas ou interferência no resultado eleitoral, constou da representação ofertada pelo Ministro Alexandre de Moraes, elaborada imediatamente após os fatos”, enfatizou o advogado.