O Ministro Alexandre de Moraes, do STF, acolheu pedido do Procurador da República, Carlos Frederico Santos, e decretou a investigação de Bolsonaro pela prática de instigação e autoria intelectual dos atos golpistas que resultaram na depredação da sede dos três poderes da República, em Brasília, no último dia 08 de janeiro.
Moraes também determinou à Meta (dona do Facebook) a preservação do vídeo apagado e os metadados referentes à postagem que motivou o pedido da Procuradoria da República, para melhor auferir a autoria dos crimes.
O vídeo se refere a uma publicação de Bolsonaro, no dia 10 de janeiro, depois dos ataques em Brasília, no qual um homem identificado como Dr. Felipe Gimenez ataca a segurança das urnas eletrônicas. A publicação traz ainda as frases “Lula não foi eleito pelo povo. Ele foi escolhido e eleito pelo STF e TSE-Tribunal Superior Eleitoral”.
Moraes determinou, também, que a PGR ouça especialistas em monitoramento de grupos de apoiadores de Bolsonaro e grupos extremistas para mediar o alcance do vídeo. Quanto ao interrogatório de Bolsonaro, também requerido, Moraes firmou que será apreciado em momento oportuno, pois o ex-presidente se encontra no exterior.