O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) lançou, nesta semana, a Mobilização Nacional de Identificação de Pessoas Desaparecidas, que ocorrerá em três etapas utilizando técnicas de identificação genética e papiloscópicas. A iniciativa, anunciada pelo ministro Ricardo Lewandowski em Brasília, busca coletar amostras de DNA de familiares de desaparecidos em quase 300 pontos de coleta espalhados pelo país. A campanha é alusiva ao Dia Internacional da Pessoa Desaparecida, celebrado em 30 de agosto.
Lewandowski destacou o caráter humanitário da campanha, enfatizando a importância do reencontro de entes queridos como uma questão de direitos humanos. Além disso, mencionou a integração com os entes federados e o desenvolvimento tecnológico como aspectos cruciais da iniciativa. Na segunda etapa, a coleta de impressões digitais e material genético será direcionada a pessoas vivas com identidade desconhecida. A terceira fase, conhecida como análise do passivo, envolverá a comparação de dados biométricos de corpos não identificados com registros existentes.
Durante a cerimônia de abertura, houve a coleta de DNA de Ana Paula Farias Lima, que busca o paradeiro de seu pai há três anos. Mario Sarrubbo, secretário nacional de Segurança Pública, ressaltou a importância da coleta de DNA para aumentar as chances de sucesso na localização de desaparecidos.
Entre janeiro e agosto de 2024, foram registrados 45.670 desaparecimentos no Brasil, com 30.016 pessoas localizadas até o momento. A legislação assegura que as amostras fornecidas pelos familiares serão utilizadas exclusivamente para identificação dos desaparecidos.
No Amazonas, o Ministério Público, através do Núcleo de Localização e Identificação de Desaparecidos (Nulid), participa da campanha, coletando material biológico de familiares para inclusão no banco de dados nacional. A coleta ocorre no Laboratório de Genética Forense em Manaus, e os interessados podem entrar em contato para mais informações.