O Ministério Público Federal pediu o afastamento de Silvinei Vasques do cargo de Diretor da Polícia Rodoviária Federal pelo prazo de 90 dias. O motivo teria sido o fato de que Vasques pediu votos para o presidente Jair Bolsonaro, na véspera do segundo turno das eleições.
Vasques, por meio de sua conta no Instagram, antes de 30 de outubro, dia do segundo turno, publicou uma mensagem de apoio a Jair Bolsonaro, disseminando sua reeleição. As mensagens teriam sido apagadas, mas pouco importou para impedir o pedido dos procuradores contra o diretor da PRF.
“Não é possível dissociar da narrativa desta inicial a possibilidade de que as condutas do requerido, especialmente na véspera do pleito eleitoral, tenham contribuído sobremodo para o clima de instabilidade e confronto instaurado durante o deslocamento de eleitores no dia do segundo turno das eleições e após a divulgação do resultado do TSE”, registrou-se no documento da MPF.
Noutro giro, a Polícia Federal determinou a abertura de um inquérito para investigar as blitz que a PRF fez no dia do segundo turno, sobretudo no Nordeste, para fiscalizar o transporte de pessoas, ainda que contrariando determina expressa do Ministro Alexandre de Moraes. Também é alvo de investigação as possíveis manifestações antidemocráticas de Silvinei após a derrota de Bolsonaro.