Um documento do Supremo Tribunal Federal (STF), assinado pelo ministro Alexandre de Moraes, revelou informações sobre o plano de golpe orquestrado por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, com o apoio de militares de alta patente. De acordo com a investigação, parte do esquema, denominado “Copa 2022”, estava guardada sob a supervisão do tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, comandante das forças especiais do Comando Militar da Amazônia (CMA).
A operação apontou a existência de uma organização criminosa com um plano detalhado para derrubar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin, e promover ações violentas contra membros do Judiciário, incluindo a execução de figuras como o ministro Alexandre de Moraes.
O plano foi arquitetado por Bolsonaro, generais e ministros do governo, incluindo nomes como Braga Netto, Augusto Heleno, Nilton Rodrigues e Paulo Sérgio, além de políticos como Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL). Todos foram indiciados pela Polícia Federal por formação de organização criminosa e outros crimes.
O esquema tinha cinco principais eixos, que incluíam ataques virtuais, desinformação sobre as eleições e medidas antidemocráticas para impedir a posse de Lula. Além disso, o plano envolvia o uso de recursos militares, como o Comando Militar da Amazônia, para armazenar documentos secretos e organizar ações clandestinas, como a “Minuta do Golpe”, redigida por Bolsonaro.
Durante a investigação, a Polícia Federal interceptou mensagens entre os envolvidos, que usavam codinomes para planejar ações violentas, como assassinatos e sequestros de membros do Judiciário. O STF determinou prisões preventivas, buscas e apreensões, além da suspensão de funções públicas dos envolvidos, com o objetivo de desarticular a rede criminosa e proteger a democracia.
Até o início de 2025, espera-se que comecem os julgamentos no STF, com a possibilidade de prisão para vários envolvidos no fracassado plano de golpe.
Com informações do Portal do Holanda