O Médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra foi levado na tarde desta terça-feira (12), em audiência de custódia na justiça do Rio de Janeiro, vindo o magistrado, a pedido do Ministério Público, após a ouvida do custodiado e das demais formalidades previstas para o ato, a converter o flagrante em prisão preventiva, mediante decreto judicial fundamentado, se firmando que, à permanecer em liberdade o custodiado se constitua em perigo a ordem pública, que se revelou ofendida com a conduta flagranteada.
Giovanni Bezerra foi preso em flagrante delito, após ser filmado na sala de cirurgia em situação que identificou a prática de estupro de vulnerável com paciente em estado de parto cesáreo. Os funcionários do hospital colocavam em dúvida as elevadas doses de anestesia geral a que se submetia a paciente. Ao ser preso em flagrante, Giovanni disse não ter entendido o que ocorreu, até que lhe foi mostrada a filmagem, ficando calado.
Convertida a prisão em flagrante em preventiva, Giovanni deverá ser levado para o Presídio de Bangu, no Rio de Janeiro. Contra o acusado prosseguirão as investigações, sendo que o inquérito deverá restar concluído no prazo de 10 dias. No entanto, o prazo poderá ser prorrogado por uma única vez, com duração por mais 15 dias. Contra o médico, há 6 (seis) estupros a serem investigados, sendo 3 (três) na mesma data do flagrante, e mais três em datas anteriores.
Antes do flagrante, que o levou a prisão, o médico já havia realizado outras duas cirurgias, no mesmo dia. Uma das vítimas ouvidas na delegacia, informou que o médico falava baixinho ao seu ouvido, em atitude bastante suspeita, e se demonstrou indignada como, no momento mais sublime de uma mulher, durante a concepção, sejam as vítimas submetidas a tamanha humilhação em um hospital público.