Em meio à ação judicial movida pelo Partido Novo no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, confirmada pela Primeira Turma do STF, que suspendeu as atividades da Rede X (antigo Twitter) no Brasil, manifestantes se reuniram na avenida Paulista, em São Paulo, neste 7 de setembro. A manifestação, liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados políticos, teve como foco principal a crítica ao ministro Moraes.
A decisão de Moraes, que incluiu não apenas a suspensão da Rede X, mas também a imposição de multas para aqueles que acessarem a plataforma de forma indireta e o bloqueio do patrimônio da Starlink, empresa do grupo de Elon Musk, foi o estopim para o protesto. Bolsonaro, acompanhado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e de figuras políticas como os senadores Magno Malta e Marcos Pontes, subiu em um caminhão de som para discursar. No mesmo veículo, o pastor Silas Malafaia, organizador da manifestação, proferiu duras críticas a Moraes.
A manifestação, que também contou com a presença de deputados como Mario Frias e Ricardo Salles, foi marcada por pedidos de impeachment do ministro e anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. Cartazes pedindo apoio ao bilionário Elon Musk, dono da rede X, também foram vistos entre os manifestantes. A decisão de Moraes de suspender a Rede X foi tomada após a empresa não indicar um representante legal no Brasil, conforme exigido pela legislação.
A ação do Partido Novo no STF questiona a constitucionalidade das medidas adotadas por Moraes, argumentando que elas violam princípios como a liberdade de expressão e de acesso à informação. A sigla pediu a suspensão imediata das medidas, enquanto o protesto em São Paulo sinalizou um crescente descontentamento entre os apoiadores de Bolsonaro com as ações do STF. O caso promete continuar gerando debates intensos tanto no âmbito jurídico quanto no político.