O Departamento Nacional de Infraestrutura recebeu do Ibama autorização para a pavimentação do trecho do meio da Br -319, que liga Manaus a Porto Velho, acendendo a chama de que Manaus possa começar seu caminho para o rompimento do isolamento do centro-sul do país, ante a concessão da Licença Prévia pelo Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais Renováveis.
A licença do Ibama é obrigatória para empreendimentos e atividades que possam poluir ou degradar o meio ambiente. No caso, a floresta amazônica foi a motivação encontrada pelo órgão para tamanha demora, ante preocupação com a ameaça de desmatamento, face ao extrativismo ilegal da madeira, pois, estudos levantados, assinalaram para um aumento de cinco vez mais os níveis de desmatamento já sofridos pela floresta.
A estrada, embora construída há anos pelo governo militar se encontra em total abandono e desuso. Foi aberta na década de 1970 e se evidencia na atualidade por um trecho intransitável de lama ante o castigo das chuvas regionais. Mas ficou a promessa, de então, de retirar Manaus do isolamento, pois a licença, então concedida, permitirá que o governo inicie o processo de licitação para que empresas possam se habilitar ao processo de asfaltamento que se constituirá no maior trecho pavimentado da estrada federal.
Manaus está na expectativa de se unir sem muitos obstáculos a Porto Velho, retirando dos prejuízos as pessoas que trafegam em uma aventura de 885,9 quilômetros de extensão, sendo 821 quilômetros no Amazonas e 64,9 quilômetros em Rondônia. A rodovia é a esperança, desde que asfaltada, de fazer com que Manaus se ligue com as demais regiões do Brasil, além de trazer maior impulso econômico a cidades interioranas, como Humaitá, Lábrea e Manicoré. São quentes as expectativas.