Na Venezuela, Nicolás Maduro foi proclamado presidente eleito para um terceiro mandato, estendendo seu governo até 2031. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou que Maduro obteve 51,2% dos votos, enquanto o candidato da oposição, Edmundo González, ficou com 44,2%, com 80% dos votos contados.
A oposição, liderada por González e María Corina Machado, acusou o processo de fraude, enquanto países como o Brasil pedem a divulgação detalhada dos resultados para garantir transparência.
Maduro, em sua proclamação, denunciou uma suposta tentativa de golpe de Estado e mencionou figuras políticas da direita, incluindo Jair Bolsonaro e Javier Milei. A embaixadora brasileira em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira, não compareceu à proclamação.
O Itamaraty exigiu a publicação dos dados detalhados para validar os resultados. A OEA, a pedido do Equador, convocou uma reunião para discutir as eleições, com vários países latino-americanos exigindo uma revisão completa dos resultados com observadores independentes.
Nas ruas de Caracas, protestos surgiram contra o anúncio do CNE, enquanto o Ministério Público, alinhado com o chavismo, alertou sobre possíveis repressões a manifestações, classificando certas ações como delitos graves. Organizações independentes reportaram a detenção de pelo menos 130 pessoas antes dos protestos.