O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conquanto se declare contra práticas abortivas, expressou sua indignação, criticando severamente a ideia de impor penalidades mais severas às mulheres que buscam um aborto do que aos criminosos que cometeram o estupro que resultou na gravidez.
A referência de Lula é ao recente projeto da Câmara dos Deputados que prevê pena de até 20 anos às mulheres que, ainda que vítimas de estupro, pratiquem aborto após a 22ª semana de gravidez.
A declaração foi feita em um contexto de debates acalorados sobre direitos reprodutivos e legislação sobre aborto no Brasil.
Lula destacou a injustiça e a crueldade de punir as vítimas de violência sexual com maior rigor do que os próprios agressores, reforçando sua posição de apoio aos direitos das mulheres e à necessidade de proteção das vítimas de violência sexual.
“Acho uma insanidade alguém querer punir uma mulher com uma pena maior do que a do criminoso que fez o estupro”, disse o presidente à imprensa durante sua estadia em Puglia, na Itália.