O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que discutirá com o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, sobre seu indiciamento pela Polícia Federal sob suspeita de corrupção e outros crimes relacionados a desvios de emendas parlamentares.
Em declaração, fora do Brasil, Lula ressaltou que o indiciamento não implica necessariamente em culpa: “Eu acho que o fato de o cara estar indiciado não significa que o cara cometeu um erro. Significa que alguém está acusando e a acusação foi aceita”, afirmou o presidente.
Ele enfatizou a importância do direito de defesa: “Agora, eu preciso que as pessoas provem que são inocentes. E ele tem o direito de provar que é inocente. Eu não conversei com ele. Vou conversar hoje e vou tomar uma decisão sobre esse assunto.”
Indiciamento e Acusações
A Polícia Federal concluiu que Juscelino Filho, filiado à União Brasil, faz parte de uma organização criminosa e cometeu o crime de corrupção passiva em relação a desvios de recursos destinados a obras de pavimentação financiadas com dinheiro público da estatal federal Codevasf. O ministro foi indiciado por organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, falsidade ideológica e fraude em licitação.
Juscelino Filho criticou a atuação da Polícia Federal, classificando o indiciamento como uma “ação política e previsível”. Ele afirmou que a investigação não encontrou evidências substanciais contra ele ou seus familiares
“Trata-se de um inquérito que devassou a minha vida e dos meus familiares, sem encontrar nada. A investigação revira fatos antigos e que sequer são de minha responsabilidade enquanto parlamentar.”