O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, precisará criar, para a acomodação de aliados políticos, pelo menos, 14 novos Ministérios. É que da forma como o atual organograma do Palácio do Planalto se evidencia, Lula não conseguirá cumprir suas promessas de campanha. Há muitos nomes que estão ao redor de Lula, e que se impõe como um compromisso assumido pelo futuro governo de integrarem a nova equipe. São tantos que, é só relembrar que durante a campanha, ainda que instigado por Bolsonaro, nos debates, resistiu e não revelou o nome do Ministro da Economia, porque há mais de um pretendente.
Compromissos de campanha do presidente eleito impõe o desafio dessa acomodação que se mostra como uma das mais difíceis tarefas a serem executadas pelo novo governo que se instalará em 1º de janeiro. Não há lugar para todos os pretendentes que se formaram entre os dois turnos das eleições. Promessas não foram economizadas com o fim de que Luiz Inácio obtivesse o resultado concretizado no dia 30 de outubro passado.
Há estudos que visam acomodar um enorme contingente de aliados políticos, e isso implicará em desmembramento de Ministérios, criação de novos ou até a recriação. Vale tudo! Calcula-se que a Esplanada passará dos atuais 23 ministérios da gestão de Jair Bolsonaro para no mínimo 37 pastas, e isso não atende, evidentemente, a todas as promessas e expetativas em torno desses objetivos.